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Mais uma vez a culpa é - Parte II

Postado em quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Continuação de 'Mais uma vez a culpa é do destino'

Os minutos começaram a pesar, e eu já não aguentava ficar ouvindo tanta coisa de adulto, resolvi explorar um pouco o campo em que eu estava. A minha frente estava uma coisa alta e estranha, o qual se denomina estátua, mas aquela se parecia uma gosma, algo muito diferente do que eu ouço falar. Acredito que um dia ainda vamos olhara para traz e se perguntar o que realmente é a arte que hoje (e naquele tempo) fazemos. E foi filosofando sobre o aglomerado de coisas que ouvi uma voz dizendo “-Bonito não é?”, não tive coragem para mentir e falei a verdade “-Eu não acho!”. Nesta hora, percebi que todo o medo e os desejos malignos sobre e para ela (a magrela de aparelho) haviam se escondido em algum lugar dentro de mim e resolvi conversar um pouco com ela, e aproveitei para tentar descobrir algo que poderia usar contra ela futuramente.

Eu já tinha andado muito. Descobri que não se deve sentar na guia, nem mesmo na grama da praça, os “insetos superiores” não ligam se você é pequeno e está cansado, e estava me dirigindo ao banco de minha mãe quando ouvi, mesmo que de longe, um comentário vindo da mãe da magrela (cujo nome era Michele) “-Olha só os dois, quem sabe daqui uns dias a gente (nesta parte fiquei com raiva e já fechei a cara me desligando do mundo em que estava) vire alguma coisa...” Passei o resto da tarde assim. É muita audácia da mãe dela falar assim, ainda mais da pessoa que era minha inimiga. No fim, resolvi que aquele momento era segredo de estado e que se ela falasse algo eu desmentiria além de usar o que eu sondei contra ela. Tudo como era antes...

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