0

O surto que o rádio não guardava

Postado em quinta-feira, 18 de abril de 2013

Foi em um local escuro e húmido que ouvi a primeira canção. Não durou muito tempo como as vezes nos mostra a televisão ou os filmes mas tenho certeza que vinha da melhor voz que eu podia sentir: era minha mãe cantando alguns poucos segundos da sua música favorita quando eu ainda estava para nascer.

Acho que depois deste dia o som das muitas vozes que ouvi até hoje só fizeram me distanciar daquele momento mais isso não significa que passei a gostar menos de músicas, acho que eu apenas fui me adaptando às opções sonoras que o mundo me ofereceu e ainda me oferece. Foi então que ontem mesmo peguei um rádio que encontrei guardado nas coisas de minha mãe e ‘instalei’ no meu quarto. Ele ainda toca fita e rádio AM – FM e tem as saídas para a caixa de som com os fios antigos, o que ajuda muito na expansão do fio (os fios atuais são repletos de minúsculos fios menores e ramificados, estes antigos só tinham dois) e pronto, agora além do notebook para ouvir música, posso fazer tudo à moda antiga.



O som é simples, não é potente e isso não tem importância quando o necessário é ouvir e não ficar surdo. Não demoro pra pegar umas folhas dos mais variados tipos e modelos pra colocar na mesa em que o rádio está. No fundo eu acho que acabei de criar meu ‘espaço da criação’, pois na juventude nós temos um dos mais legais surtos criativos, e acho que no decorrer da vida ele continua, mas é mais difícil encontrar quando se está adulto ou na segunda idade rsrs.

Até agora, consegui copiar da mente uma frase que mantenho viva e a repasso na sulfite. Não sei ainda, mas talvez minha mente queira treinar minha escrita já que as ideias não vem. Ok, você leu isso sequencialmente mas eu demorei 17 minutos pra escrever pois estava pensando novamente em algo. Não, acho que pensar não é a palavra certa pois eu estava ouvindo a música tocar e com os olhos fechados eu desejei encontrar algo pra escrever, pra criar ou sei lá, algo que fosse diferente das coisas que aprendo na aula de Artes ou que vejo na TV, mas não tive muitos surtos criativos.

[Tempos depois]

Você notou alguma criação minha nesses 46 minutos que estou aqui? Não sei você mas percebi que a única coisa evidente que criei foram essas palavras. Pode não ser a coisa mais criativa do mundo pra muitos mas certamente já o que eu desejava para melhorar ou canalizar como alguns mestrados dizem, o meu conhecimento com base na música. Acho que um fator crucial não aconteceu nessa história toda: em momento algum eu ouvi Mozart e/ou música clássica. Dizem que música clássica tem ‘poderes’ sobre a nossa mente sendo uma delas é nos deixar mais espero nos primeiros 7 segundos da música... Tudo bem, eu estou entendendo que no Brasil ou se tem música dos Estados Unidos, ou nosso estilo próprio (norte americano ou) do funk carioca =/ [Não vou desistir pessoal].

Comentarios

Escreva aqui seu comentário